Em seu novo CD e DVD, Luan Santana mostra um lado mais maduro, com músicas românticas e visual inspirado nas décadas de 50 e 60. Em entrevista exclusiva, ele conta como concebeu o novo trabalho.
De topete e jaqueta de couto. É assim que Luan Santana aparece no DVD “Luan Santana Acústico”, seu novo trabalho. Gravado em dezembro do ano passado, em São Paulo, o projeto reúne dez músicas inéditas e dez sucessos da carreira do cantor e convida o publico a fazer uma viagem aos anos 50 e 60, tempos em que viveram símbolos da cultura pop como Elvis Presley e Beatles. “Sempre fui apaixonado pelo som e magia daquela época”, diz.
Aos 24 anos, Luan afirma também que sua intenção era mostrar um trabalho mais adulto e intimista, reflexo do que ele está vivendo. “É natural que o trabalho siga minha realidade, minha identidade”, enfatiza. Mesmo com o teor romântico de algumas canções, ele continua solteiro.
Você está em um momento da carreira mais maduro. Essa transição foi algo natural ou você sentia a necessidade de mostrar para o publico que cresceu?
Não existe uma intenção em reformar a transformação. O processo é natural: amadureci, como homem e artista. E é óbvio, natural, que o trabalho siga minha realidade. Mas com a essência de sempre, que é a mesma, a do romantismo. O meu público cresceu comigo, também amadureceu. Apresar disso, vejo em meu shows pessoas de todas as idades. Canto para todos, quero que a minha música toque o coração das pessoas. Não gosto de rótulos, porque não sou um produto criado, sou um cantor, tenho a música na alma.
Este novo DVD acústico, gravado de forma intimista, foi ideia sua?
Todo o conceito começou, na verdade, numa sonoridade e identidade visual voltada aos anos 60, Elvis Presley e Beatles, principalmente. O conceito surgiu numa viagem que fiz com o produtor Dudu Borges e o Fábio Farki para Las Vegas. Numas dessas conversas, o Dudu colocou a ideia dos anos 60, dos Beatles, e todos compraram. Sempre fui apaixonado pelo som e magia daquela época, que tem uma pegada romântica como nenhuma outra. Foi um desafio lembrar desses anos no som, ainda mais num segmento pop sertanejo. O que fortalece esse conceito, com certeza, é a orquestra de cordas, sopros e metais, que somou demais ao projeto.
Você, obviamente, não viveu essas décadas. Como fez para buscar referências?
Peguei muita inspiração. Até o filtro usado nas imagens eu quis que fosse algo que remetesse a essa época. Tem uma abertura no DVD, tipo um filminho, com cenário antigo, imagem de um cinema dos anos 50, em que tudo é inserido… Acho que a galera vai lembrar um pouco desse período e desses artistas quando assistir ao DVD. Creio que é a fase mais romântica da música, da moda, do estilo de viver e de amar.
Você se considera um cara romântico?
Sou. A música romântica é a minha maior referencia. Todos que bebem dessa fonte, do romantismo, estão com as suas músicas entre as mais tocadas. O meu novo DVD, além de acústico, é mais romântico, com todo o toque, tons e sons que remetem à época na qual me inspiro.
Agora, aos 24 anos, que balanço você faz dos seus oito anos de carreira?
Só tenho que agradecer a Deus e aos meus fãs cada ano de trabalho, cada conquista, show, público, programa, matéria. Não tenho nada do que me arrepender, só agradecer e planejar sempre CDs, DVDs e turnês para retribuir tanto cantinho. Eu faria tudo de novo.
Você se considera e se sente mais bonito hoje?
Como disse, tem sido um processo natural. A gente é uma metamorfose ambulante. Sou vaidoso, mas nada exagerado, gosto de me inspirar em homens elegantes e de bom gosto, como Mariano Di Vaio (blogueiro de moda). Minha mãe me ajuda nas pesquisas sobre moda. Com relação ao cabelo, contei com a consultoria de Silvana Gurgel.
Como foi crescer em frente ao público, já que seus fãs e a imprensa o acompanham desde a adolescência?
Bastante gente cresceu comigo! Isso é bem bacana. A gente faz um esforço grandioso de TV internet, revistas, rádios e sites para divulgar cada trabalho e cada passo na carreira. Estou mais seguro, o que é normal quando a gente amadurece. O Luan de antes foi importante para que eu chegasse aonde estou.
A música “Escreve Aí” já está em primeiro lugar nas rádios. Como surgiu essa letra?
É uma música com história, sabe? Era uma vez, na Bahia, um compositor inteligente e criativo (Bruno Caliman), num carro, levando os filhos para a escola e, de repente, num simples estalar de dedos, ele desperta não só o gesto que iria marcar a sua criação, mas o tom e alguns versos, que, depois de entrar nas linhas em um rascunho, sairiam do papel e ganhariam vida. Em São Paulo, no estúdio, um produtor talentoso (Dudu Borges), outro exímio compositor (Douglas César) e um cantor romântico (o próprio Luan) completariam o refrão e algumas frases em cima da ideia original. E antes de virar estrela em um repertorio de DVD, a canção apareceu em um show transmitido pelo Multishow, e caiu no gosto do publico…
Da QUEM Acontece, 22/04
Edição: News Luan Santana
Edição: News Luan Santana
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