segunda-feira, 3 de junho de 2013

Thaeme e Thiago, Michel Teló e Luan Santana comandam segunda noite de Country In Park

03/06/2013
Público enfrentou frio e chuva para assistir às apresentações do último dia de festival


Por Yuri de Castro

Antes mesmo que os roadies das atrações desse último dia de Country in Park subissem ao palco para testar os equipamentos, já era possível ouvir gritos e soluços por todo o parque. E assim foi inclusive no shows anteriores ao de Luan. A dupla Thaeme e Thiago, primeira atração do desse domingo (02), viu sua banda ser engolida pelos gritos adolescentes e femininos que responderam quando Thaeme reforçou que o astro pop subiria a seguir naquele mesmo palco.

» FOTOS: Thaeme e Thiago no Country In Park

Mesclando arrochas e baladas, a dupla paranaense se esforça pra mostrar que não é mais um rostinho bonito do gênero. Thiago compõe quase tudo da dupla desde que surgiram e foram apadrinhados por Fernando & Sorocaba, enquanto a carismática Thaeme se sai bem cantando temas como "Hoje Não" e "Vou Dar o Nó Em Você". Mas foi com “365 dias” que a dupla conseguiu ouvir a platéia levar sozinha boa parte dos versos da canção. Domingo e pista livres para Michel Teló e Luan Santana.




No segundo show da noite, não se cansar ao ouvir “Ai Se Eu Te Pego” é um mérito de Michel Teló. Deve ser somente dançando mesmo que alguém se cansa. Porque o hit mais tocado dos últimos anos é entoado em inglês pela platéia com a mesma empolgação de quando a música invadiu todos os meios de comunicação há mais de um ano. Os versos “Wow, this way you're gonna kill me / Oh if I catch you, oh my God if I catch you” (estampados em várias camisetas e canecas ostentados pelo festival) introduzem não só o show do ex-sanfoneiro do Tradição, mas também uma onda de hits do louro.

Em sua ex-banda, Teló era mesmo díspar. A carreira solo e a sagacidade como conseguiu reunir compositores da mais variada sorte fazem de Michel Teló uma atração bem diferente das que vimos no sábado (01). Tem um pagode em “Fugidinha” e em “É Nóis Fazer Parapapá”, tem um medley de funk carioca, mas, essencialmente, a sanfona é o principal instrumento. E isso permite a Michel ir de Chitãozinho & Xororó (“Nuvem de Lágrimas) a Antonio Carlos Jobim (“Garota de Ipanema”), passando pelo tema principal de Missão Impossível, pelo “Tema da Vitória” e chegando a Guns and Roses (“Sweet Child O’ Mine”). Mais do que isso, afasta Teló da base de rock que permeia os principais artistas do gênero atualmente. 

» FOTOS: Michel Teló no Country In Park

Com a platéia dominada, “Ei, Psiu! Beijo Me Liga”, sucesso que lançou a carreira solo de Teló, termina um show para os que ainda o viam (muito erroneamente) como um one-hit-wonder do Brasil. Ainda seja muito desnecessário um longo medley (e também o tecladista e o guitarrista fingindo tocar seus instrumentos) em “I Feel So Close” (Calvin Harris), “I Gotta a Feeling” (Black Eyed Peas), “Água Mineral” (Timbalada), “Harlem Shake” (Baauer) e “Gangnam Style” (PSY), o show de Teló tem produção enxuta mas certeira.



O sutiã que bate na cara de Luan Santana no início do show pode ter sido arremessado por uma menina  de 12 anos ou por uma senhora de 60. “Já comecei levando sutiã na cara que é a melhor coisa do mundo”, gargalha o cantor. Na verdade, o show de Luan Santana é um mix de momentos infanto-juvenis e sexualmente adultos. Mesmo assim, o carisma do ídolo teen parece ofuscar qualquer dúvida ou controvérsia que possa aparecer na cabeça do espectador.

Então, o palco se enche de mimos íntimos, ursinhos e outros presentes enquanto Luan dispara canções encomendadas para cada momento do show. Começa com “Sogrão Caprichou” (sobre a filha que é santinha perto do pai, porém fogosa na ausência dele), passa por “Sinais” (inspirada em Nossa Senhora da Aparecida), “Você Não Sabe O Que É Amor” (onde um Luan sem revanchismos canta “E o que eu sofri espero que não sofra igual”).Essa mistura de climas e tensões que, de alguma forma, acaba combinando muito com a fase pela qual passam muitos dos que estão na platéia, é um dos trunfos de Luan Santana. E isso acaba influenciando os arranjos. Canções como “Nega”, “Um Beijo”, “Química do Amor”, “Você de Mim Não Sai” transitam muito facilmente entre o pop-rock, o reggae e o country. É claro que os gritos enlouquecidos vindos de quem está pela primeira a vez tão perto do ídolo não se preocupam com a quantidade de perfis que Luan assume no palco (e, espero, nem liguem muito pelo medley “Sou Praieiro (Jammil)/Amor de Chocolate (Naldo) ou pelo cover de “Esse Cara Sou Eu”, de Roberto Carlos). Pelo contrário: é isso o que motiva Luan ser alvo de tanta idolatria vinda de faixas etárias tão diferentes. 
Fonte:MultiShow

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